Identificador persistente
Em periódicos científicos, vários identificadores persistentes são usados para garantir que artigos, autores e recursos sejam facilmente encontrados e citáveis ao longo do tempo.
Os identificadores persistentes são usados no meio acadêmico e científico principalmente para garantir a localização, o acesso e a citação confiáveis de recursos, como artigos de periódicos, autores, livros, conjuntos de dados e outros objetos digitais. Esses identificadores têm várias funções importantes:
1. Estabelecer uma identidade única e consistente
Os identificadores garantem que cada objeto (seja um artigo, autor, conjunto de dados ou publicação) tenha uma identidade exclusiva e consistente ao longo do tempo. Isso é especialmente importante em um ambiente digital, em que URLs e recursos podem ser alterados ou excluídos.
Exemplo: o DOI (Digital Object Identifier, identificador de objeto digital) atribuído a um artigo científico garante que o mesmo documento sempre possa ser acessado, mesmo que sua localização na Web mude.
2. facilitando a citação e a referência
Os identificadores permitem que os pesquisadores citem com precisão e eficiência os recursos que utilizam. Um DOI, por exemplo, permite que um artigo seja citado de forma consistente, independentemente de alterações na plataforma de publicação ou no URL.
Exemplo: O uso de um DOI em uma citação, como 10.1002/anie.202003574, garante que qualquer pessoa que consulte essa referência acesse exatamente o mesmo artigo, mesmo que tenha havido alterações no site onde ele está hospedado.
3. garantia de acesso a longo prazo
Os identificadores persistentes fornecem um link estável e confiável para os recursos, garantindo que eles sejam acessíveis por um longo período, mesmo que o conteúdo seja transferido ou mude de local. Isso é especialmente relevante para a preservação digital.
Exemplo: Identificadores como DOI ou Handle garantem que um artigo ou recurso digital permaneça disponível, mesmo que o servidor ou banco de dados original seja alterado.
4. Evitando confusão com nomes comuns
Alguns identificadores, como o ORCID, ajudam a resolver problemas relacionados à ambiguidade de nomes. Muitos autores podem compartilhar nomes semelhantes ou idênticos, o que pode gerar confusão no rastreamento de citações e publicações. Um identificador exclusivo para cada autor permite que todos os seus trabalhos sejam rastreados com precisão.
Exemplo: dois autores chamados “John Smith” podem ter ORCIDs diferentes, como 0000-0002-1825-0097, facilitando a distinção de seus trabalhos.
5. Melhorar a pesquisa e a acessibilidade
Os identificadores permitem que os sistemas de busca (bancos de dados acadêmicos, bibliotecas digitais, repositórios) encontrem recursos com mais eficiência. Identificadores como o ISSN de periódicos permitem o acesso a coleções inteiras de publicações científicas sem ambiguidade.
Exemplo: Um artigo publicado em um periódico com ISSN 2042-6542 pode ser encontrado rapidamente em sistemas que catalogam esse periódico específico.
6. Promover a integridade dos dados
O uso de identificadores garante que os dados e objetos referenciados permaneçam completos e verificados ao longo do tempo, o que promove a integridade científica. Isso é fundamental quando os dados, como conjuntos de dados de pesquisa, são usados para análise ou reprodutibilidade.
Exemplo: um conjunto de dados em um repositório pode ser identificado com um identificador exclusivo (como um DOI ou Handle), o que garante que os dados usados em pesquisas subsequentes sejam exatamente os mesmos.
7. Incentivar a colaboração
Os identificadores permitem o rastreamento claro das colaborações entre autores, instituições ou projetos de pesquisa. Por exemplo, o ORCID é usado para associar um autor às suas publicações e realizações, facilitando a conexão com outros pesquisadores.
Exemplo: um pesquisador pode ter várias colaborações ao longo de sua carreira, e suas publicações podem ser associadas ao seu ORCID, facilitando o acompanhamento de sua produção acadêmica.
Alguns dos identificadores persistentes mais comuns estão listados abaixo:
DOI (Digital Object Identifier, identificador de objeto digital)
Descrição: O DOI é um dos identificadores mais conhecidos e mais comumente usados em publicações científicas. Ele fornece um link persistente para um objeto digital, como um artigo de periódico, banco de dados ou conjunto de dados.
Objetivo: garante que o artigo seja acessível, mesmo que seja movido para um novo local na Web. Ele é exclusivo e permanece constante ao longo do tempo.
Formato: um DOI geralmente tem o seguinte formato: 10.xxxx/xxxxx, em que “10” é o prefixo que indica que se trata de um DOI e o restante é um identificador exclusivo do objeto.
Ejemplo: 10.1002/anie.202003574
ORCID (identificação aberta de pesquisador e colaborador)
Descrição: O ORCID é um identificador exclusivo para autores e colaboradores de pesquisas. Sua finalidade é distinguir pesquisadores com nomes semelhantes e associar persistentemente seu trabalho à sua identidade.
Objetivo: facilitar a atribuição correta de artigos e colaborações, evitando confusão entre autores com nomes comuns ou variantes.
Formato: um número exclusivo atribuído a cada pesquisador, por exemplo: 0000-0002-1825-0097.
Exemplo: um ORCID específico poderia ser https://orcid.org/0000-0002-1825-0097.
ISSN (Número Internacional Normalizado para Publicações Seriadas)
Descrição: O ISSN é um identificador exclusivo usado para publicações periódicas, como revistas científicas, boletins informativos e jornais.
Objetivo: facilitar a identificação e o acesso a periódicos, especialmente em bibliotecas, bancos de dados e repositórios.
Formato: um ISSN é apresentado como um código numérico de oito dígitos, dividido em dois grupos de quatro dígitos, separados por um hífen, por exemplo, 1234-5678.
Exemplo: 2042-6542.
ISBN (International Standard Book Number)
Descrição: semelhante ao ISSN, o ISBN é usado para identificar livros, capítulos de livros ou monografias publicados. Embora não se aplique diretamente a artigos de periódicos, é relevante ao publicar compilações de artigos acadêmicos ou livros.
Objetivo: garantir a identificação exclusiva e persistente de livros e outros trabalhos monográficos.
Formato: um número de 10 ou 13 dígitos. Os livros mais recentes têm um formato de 13 dígitos, por exemplo, 978-3-16-148410-0.
Handle
Descrição: O sistema Handle é um sistema de identificação persistente usado principalmente para objetos digitais e recursos acadêmicos, semelhante ao DOI, mas de uso mais geral.
Objetivo: garantir a persistência de links para objetos digitais, independentemente das plataformas em que estejam localizados.
Formato: um identificador exclusivo atribuído a um objeto digital, por exemplo: hdl.handle.net/10.1000/xyz123.
Exemplo: hdl.handle.net/10.1000/182.
ARK (chave de recurso de arquivamento)
Descrição: O ARK é outro tipo de identificador persistente usado para preservação e acesso a objetos digitais em repositórios de longo prazo.
Objetivo: garantir que os recursos permaneçam acessíveis ao longo do tempo, mesmo que o local dos arquivos mude.
Formato: semelhante a um DOI, com a estrutura: ark:/12345/xyz.
Ejemplo: ark:/13030/tf3489n5gq.
PURL (Persistent Uniform Resource Locator)
Descripción: El PURL es un identificador que redirige a un recurso en línea, similar a un URL normal, pero con la ventaja de que su destino puede cambiar sin perder el enlace persistente.
Propósito: Proporciona un enlace que siempre redirige a un recurso específico, incluso si la URL del objeto cambia.
Formato: Un PURL tiene el formato http://purl.org/xyz, donde "xyz" es el identificador único.
Ejemplo: http://purl.org/dc/elements/1.1/title.
URN (Uniform Resource Name)
Descripción: El URN es un tipo de identificador persistente que tiene como objetivo proporcionar una identificación única y persistente para recursos de información sin depender de su localización.
Propósito: Su uso está orientado a la preservación de recursos a largo plazo, independientemente de las ubicaciones físicas o URLs.
Formato: Un URN tiene la forma urn:namespace:identifier.
Ejemplo: urn:nbn:de:101:1-20200310.
LSID (Identificador de Ciências da Vida)
Descrição: um LSID é um identificador persistente usado para descrever objetos em biologia e ciências da vida, como espécies, genes ou publicações.
Objetivo: garantir que as referências a recursos biológicos sejam precisas e persistentes, independentemente de mudanças na localização dos dados.
Formato: um identificador com o formato lsid:urn:lsid:example.org:12345.
Exemplo: lsid:urn:lsid:taxonomy.example.org:12345.
CrossRef (para citar e vincular artigos)
Descrição: a CrossRef é uma organização que fornece DOIs para artigos acadêmicos e outros objetos digitais. Ela também facilita a vinculação de citações por meio de seu banco de dados de metadados.
Objetivo: é usado para facilitar a citação adequada de artigos e recursos em publicações acadêmicas, garantindo que as citações sejam verificáveis e associadas aos objetos corretos.
Exemplo: o uso do CrossRef geralmente envolve a inclusão de um DOI como identificador persistente de um artigo.
Conclusão
Esses identificadores persistentes permitem que artigos acadêmicos, dados, autores e publicações permaneçam acessíveis e citados de forma confiável, independentemente de alterações em URLs ou localizações de recursos na Web. Cada um tem uma finalidade e um formato diferentes, mas todos têm a função de garantir a persistência e a acessibilidade de longo prazo dos recursos acadêmicos.